TREC e KREC são subprodutos do rearranjo genômico de linfócitos T (TREC) e de linfócitos B (Krec).
A pesquisa dessas estruturas está indicada para diagnóstico de situações clínicas graves que podem não ser sintomáticas logo ao nascimento.
As imunodeficiências SKID (Síndrome da Imunodeficiência Combinada Grave) e Agamaglobulinemia são doenças que podem ser detectadas com essa avaliação, e o melhor momento para ser coletado é durante o teste do pezinho e antes da criança receber as primeiras vacinas com agentes vivos atenuados, uma vez que nessas doenças o sistema imune está muito suprimido. Na maioria das vezes, o recém-nascido não apresenta nenhum sinal da doença ao nascimento e por isso o diagnóstico deve ser o mais precoce possível a fim de evitar infecções graves potencialmente letais.
Quase a totalidade dos recém-nascidos diagnosticados precocemente com estas condições e tratados antes de completar três meses de vida terão uma vida normal.
Entenda o significado de TREC e KREC
TREC (do inglês: T-Cel/ Receptor Excision Circles)
TREC é o subproduto do rearranjo genômico que ocorre durante a maturação dos linfócitos T no timo. O número de cópias de TREC está diretamente relacionado ao número de linfócitos T maduros circulantes no sangue. A redução/ausência de cópias de TREC é observada em recém-nascidos com SCID. Outras linfopenias de células T diferentes de SCID também apresentam redução do número de cópias de TREC.
KREC (do inglês: Kappa-Deleting Recombination Excision Circles)
KREC é o subproduto do rearranjo genômico que ocorre durante a maturação dos linfócitos B na medula. O número de cópias de KREC está diretamente relacionado ao número de linfócitos B maduros circulantes no sangue. A redução/ausência de cópias de KREC é observada em recém-nascidos com agamaglobulinemia. Outras linfopenias de células B diferentes de agamaglobulinemia também apresentam redução do número de cópias de KREC.
Indicação do teste
- Triagem neonatal para SKID e Agamaglobulinemia.
- Identificação precoce de Imunodeficiências congênitas.
- Monitoramento de pacientes com imunodeficiência congênita.
Importância da avaliação
O exame realizado propicia um diagnóstico precoce dessas alterações imunológicas graves, proporcionando a esse paciente a chance de um tratamento adequado, prevenindo infecções graves, debilitantes que podem evoluir com óbito antes mesmo do primeiro ano de vida.
Qual o melhor momento para coleta?
- Pode ser colhido já nas primeiras 24 horas de vida.
- Não é necessário aguardar o início da amamentação.
- Em caso de transfusão sanguínea coletar após 7 dias.
- Para os recém-nascidos prematuros a realização do exame deverá ser juntamente com o teste triagem neonatal. Realizar uma nova coleta para o exame após atingir o período correspondente a 37 semanas.
Outros testes confirmatórios são necessários para identificar a imunodeficiência e a avaliação de um especialista é necessária para avaliar e seguir esses pacientes.